Nova avenida do Anel Viário e ciclovia serão inauguradas em Lavras

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O Governo de Lavras vai entregar uma das mais importantes obras de infraestrutura e mobilidade do município de Lavras nesta sexta-feira, dia 5 de julho, às 10h, na estrada do madeira.

– a Avenida Ministro Alysson Paolinelli – Terceira Alça do Anel Viário Tancredo Neves.
– o descerramento da placa da Avenida Wilson Crepaldi – Segunda Alça do Anel Viário Tancredo Neves.
– a Ciclovia Rodrigo Ferreira Coimbra Pádua.

Confira a biografia dos homenageados.

Ministro Alysson Paolinelli

Alysson Paolinelli, nasceu em 10 de julho de 1936, filho de António Paolinelli de Carvalho e Adalgisa Luchesi Paolinelli. A história inicia-se em Lavras, no ano de 1955, quando, aos 15 anos, veio cursar o equivalente ao Ensino Médio e, depois, ingressou na então Escola Superior de Agricultura de Lavras – ESAL. Em 1959, Paolinelli formou-se Engenheiro Agrônomo.

Após a sua formatura, foi convidado pelo então Governador de Minas Gerais, Tancredo Neves, a assumir um posto agropecuário. Porém, recebeu um chamado inesperado do diretor da ESAL, prof. John Henry Wheelock. Para ele, se Paolinelli não assumisse como professor, a Escola chegaria ao fim.

Como era uma pessoa extremamente visionária e apaixonado pela ESAL, Paolinelli aceitou o convite. A ESAL enfrentava sérios problemas financeiros e estava fadada ao fechamento.

Paolinelli foi escolhido representante, para negociar a federalização da escola e obteve sucesso. Após o processo de federalização da ESAL, Paolinelli assumiu o cargo de Diretor, entre os anos de 1966 a 1971.

Em 1994, a ESAL ganhou importância, sendo transformada na Universidade Federal de Lavras – UFLA, uma das universidades mais relevantes do Brasil e da América Latina.

Em 1971, Paolinelli assumiu o cargo de Secretário de Estado de Agricultura de Minas Gerais. Em 1974, aceitou o convite do Presidente da República, para tornar-se ministro da Agricultura. Durante a sua gestão como Ministro, foi criada a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA. Com as pesquisas desenvolvidas pela EMBRAPA, foi possível a Paolinelli liderar o grande salto tecnológico no campo. O ponto de partida, definido por ele, foi a reabilitação integral dos solos inférteis do Cerrado. Foi sua investida que permitiu que a região passasse a produzir soja, milho, algodão, carne, leite e tantos outros.

Dos anos 70 aos 80, o Brasil passou de importador de alimentos básicos a grande exportador para mais de 200 países. Paolinelli participou, em 1975, da criação do Programa Nacional do Álcool – PROÁLCOOL, o primeiro projeto mundial de produção em larga escala, de combustível limpo e renovável, a partir de biomassa – o etanol. Com o trabalho desenvolvido por Alysson Paolinelli, o Cerrado brasileiro testemunhou um grande progresso.  

Paolinelli deixou o Ministério em março de 1979, assumindo, em seguida, o Banco do Estado de Minas Gerais – BEMGE, onde ficou até 1983.

Eleito Deputado Federal em 1987, participou ativamente da Assembleia Nacional Constituinte. Diversas propostas sugeridas por Paolinelli, foram incluídas na Constituição Cidadã, promulgada em 1988.

No ano de 2006, Alysson Paolinelli foi agraciado com o prêmio “World Food Prize” – Prêmio Mundial da Alimentação. O prêmio reconhece o trabalho de pessoas que auxiliaram no avanço da disponibilidade de alimentos do mundo. Paolinelli foi indicado duas vezes ao Prêmio Nobel da Paz. A indicação contou com 163 cartas de apoio, com representantes de 73 países.

Em 29 de Junho de 2023, Lavras e o Brasil se despediram de um grande líder. Aos 86 anos, Alysson Paolinelli partiu desta existência, deixando sua esposa, dona Marisa, e cinco filhos: Alexandre, Gustavo, Rodrigo, Daniela e Alysson Filho. Conhecido como o pai da agricultura tropical, Alysson Paolinelli será lembrado como um homem visionário e apaixonado pela agricultura.

Sua determinação em superar desafios e buscar soluções transformadoras, foi fundamental para impulsionar o setor agrícola brasileiro, rumo ao sucesso.

Wilson Crepaldi

Wilson Crepaldi, era filho de José Crepaldi e Conceição Cândida de Jesus Crepaldi. Nasceu na cidade de Perdões, em 24 de julho de 1939. Cursou o Ensino Fundamental em sua cidade natal e, aos 13 anos de idade, iniciou os estudos no Instituto Presbiteriano Gammon de Lavras, em regime de internato.

Nesse período, Wilson Crepaldi foi um grande desportista, sendo aluno de grandes professores, como o saudoso professor José Lima.

Em 1961, casou-se com a Sra. Lourdes Crepaldi, com quem teve cinco filhos: Valéria, Mônica, Cláudia, Camila e Rodolpho Wilson Crepaldi.

Como desportista, atuou como goleiro de várias equipes de Lavras como na Associação Atlética Ferroviária, Fabril e Associação Olímpica de Lavras. Foi técnico da equipe de futebol de salão do Colégio Estadual, quando lecionou a disciplina de matemática, instituição em que iniciou sua carreira profissional.

Trabalhou no Banco de Minas e depois, cursou o ensino técnico em contabilidade, no Instituto Gammon, instituição em que lecionou após a sua formação. Apaixonado pelo ramo da contabilidade, montou seu próprio escritório no ano de 1967, onde cresceu e aprimorou-se na profissão, tornando-se um dos grandes contabilistas de Lavras e região.

Exerceu a função de Vereador em nossa cidade por dois mandatos, durante as gestões de Silvio de Castro e Maurício Pádua, em um período em que o vereador não recebia vencimentos para exercer a função.

Foi presidente do Grêmio Recreativo Escola de Samba Suvaco de Cobra, onde foi um dos responsáveis por colocar a escola nos desfiles realizados em Lavras. Exerceu também a Presidência do Rotary Club de Lavras.

Em 16 de agosto de 2008, Wilson Crepaldi foi agraciado com o Título de Cidadão Honorário de Lavras. Além de suas atividades profissionais como professor e contador, foi produtor rural entre os anos de 1979 e 1993, na Comunidade Rural do Faria, sendo produtor de café e outras culturas, como milho, feijão e arroz.

Em 06 de junho de 2023, Wilson Crepaldi partiu desta existência, deixando saudades, principalmente pelas grandes amizades feita onde tinha convivência. Era um apaixonado por Lavras. Amava essa cidade, sempre atencioso com todos, gostava de escutar a população. Foi uma pessoa humilde e do bem. Seu sonho era que sua cidade fosse cada vez melhor para viver e que todos tivessem oportunidades.

Rodrigo Ferreira Coimbra Pádua

Rodrigo Ferreira Coimbra Pádua, conhecido carinhosamente em nossa cidade como Lupa, nasceu em 22 de agosto de 1973, em Brasília/DF, filho do saudoso jornalista Pedro Coimbra Pádua e da professora Eudoxia Pádua – “Doxa”.

Mudou-se para Lavras em 1980. Estudou na Escola Estadual Álvaro Botelho e, posteriormente, no Instituto Presbiteriano Gammon.

Adepto da prática de esportes, desde os sete anos, mostrava grande talento para futebol e basquete. Acabou seguindo apenas com o basquete, que era sua grande paixão, tendo sido um grande destaque desta modalidade esportiva, no estado de Minas Gerais, tornando-se um grande ídolo do basquete lavrense, inspirando várias crianças e adolescentes a se dedicarem ao esporte.

Conquistou diversos campeonatos, representando Lavras no cenário nacional e foi convocado inúmeras vezes para vestir a camisa da Seleção Mineira de Basquete.

Aos 16 anos, com o apoio do técnico Ricardo Pacheco e dos pais, transferiu-se para o Minas Tênis Clube, onde se profissionalizou. Na sequência, jogou no Ginástico, por dois anos, 1996 e 1997. Em ambos os clubes, jogou no campeonato nacional de basquete sendo que, no Ginástico, foi amador titular.

Dedicado aos estudos, graduou-se em Administração pela UNA-BH, no ano 2000. Posteriormente, fez pós-graduação em Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas, em Negócios no IBMEC e um MBA Executivo Sênior em liderança, estratégia e inovação, na London Business School.

Os valores morais forjados em Lavras, no Gammon, LTC e no seio de sua família, associados à grande garra e determinação que possuía, foram fundamentais para sua carreira profissional, tendo se tornado um executivo de destaque na AMBEV, Danone, GAFISA, BRF e Stefanini, ocupando cargos de alta administração nas empresas.

Trabalhou em diversas cidades, sendo que no Rio de Janeiro conheceu o amor da sua vida, sua esposa Meire Palomo Pádua.

Em todas as suas interações sociais e profissionais, sempre enalteceu a importância de Lavras na formação do seu caráter e o amor que tinha pela cidade, que foi a base da sua infância e adolescência. Considerava Lavras como sendo a sua cidade natal, pois aqui moravam seus pais e amigos e por ter sido onde cresceu.

Em 2022, Rodrigo foi agraciado com o prêmio de Executivo de RH mais admirado da América Latina, coroando uma carreira repleta de vitórias.

Em 13 de julho de 2023, nosso querido Lupa, deixou esta existência, em São Paulo, aos 49 anos, em decorrência das complicações de um transplante de medula, para tratamento de leucemia, deixando sua esposa Meire, sua filha Júlia, sua mãe e inúmeros familiares, amigos e admiradores.

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